sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Dicas para escolha de uma Bíblia de Estudos


São bem comuns, depois de iniciarmos o Curso de Capacitação de Obreiros, alguns irmãos me procurarem para ajuda-los na escolha de uma boa Bíblia de estudos. Certamente tenho minhas preferências, porém não posso negligenciar que trata-se geralmente de pessoas que estão começando a estudar a Bíblia, então gostaria de deixar algumas dicas que poderão ajudar para esta tomada de decisão.

1 – Fonte adequada:

Quando me refiro à fonte adequada estou me referindo ao tamanho das letras. Pode não parecer tão importante, mas de fato é! E deve ser a primeira coisa observada ao adquirir uma bíblia de estudos. Pois como está adquirindo uma bíblia para estudar, é normal que dedique muito tempo na leitura e pesquisa da mesma, de forma que este tempo de leitura não pode tornar-se difícil pela dificuldade de ler ou por cansar muito rápido a vista. Além do tamanho é importante também ver se o tipo de fonte é adequado, além da cor do papel, para estudos não se aconselha papeis coloridos, ou bíblias com grifos coloridos em determinados temas e textos. O mais indicado é uma letra grande, com um tipo mais comum e em um papel branco.

2 – Notas de rodapé:

Deve-se evitar qualquer bíblia que declara suas notas de rodapé com ênfase em um determinado tema, como por exemplo: Vitoria financeira, batalha espiritual, mulher virtuosa, seitas e heresias, etc. Estes comentários tendem a forçar demasiados textos para manter a ênfase em determinado tema, de forma que poderá haver comentários sobre aquele tema, onde de fato o texto não tenha nenhuma relação com o mesmo. O ideal é procurar por comentários que buscam explicar o texto de forma exegética e hermenêutica, ou escrita por um único autor (deve-se buscar referencia e confissão de fé do mesmo) ou por um grupo de autores (no qual também deve-se obter referencias).

3 – Que contenha referências cruzadas:

Além dos comentários, a bíblia deve conter referencias cruzadas, indicando passagens paralelas. Isso ajudará muito para que você possa comparar os textos, obtendo uma melhor compreensão geral das escrituras.

4 – Que contenha concordância:

É muito importante que esta bíblia contenha uma boa concordância. Por ela você poderá encontrar passagens que já leu ou ouviu, a partir de algumas palavras que contenha no texto. embora hoje existam uma série de software e aplicativos que façam buscas de palavras com muita rapidez, não podemos descartar esta ferramenta em uma boa bíblia de estudo, pois haverá momento em seu estudo onde só estará você e sua bíblia!

5 – Deve ser uma tradução e não uma interpretação:

Hoje além de bíblias com comentários dos mais diversos, existem bíblias com interpretações diversas, como a da linguagem de hoje, a bíblia free style com uma comunicação jovem ou a bíblia viva. Porém essas bíblia são apenas interpretações uma paráfrase e não uma tradução. Entre as traduções as mais recomendáveis são as de João Ferreira de Almeida, muitos preferem a revista e corrigida no qual contem uma linguagem mais clássica, porém “eu” prefiro a revista e atualizada. Ambas podem ser usadas, mas qual a diferença entre elas? A revista e corrigida foi traduzida pela primeira vez em 1681 do texto recebido, obra editada por Erasmo de Roterdã em 1516 a partir de manuscritos gregos, pois nesta data era a única fonte. Já a revista e atualizada usufruiu desta obra e de outros manuscritos gregos mais antigos que foram descobertos durante o século 19 e 20. A primeira publicação da revista e atualizada foi em 1959. Em minha opinião pessoal, prefiro a atualizada. Mas lembre-se, são recomendadas para estudos a corrigida ou a atualizada de João Ferreira de Almeida!

Espero que ajude!!!

Se puderem poste nos comentários a bíblia de estudo que está utilizando ou a que adquiriu após estas dicas!


Soli Deo Glória

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Entrevista com Pr. Deoclécio de Souza


É com muito carinho e grande satisfação que postamos no blog Fórum CCO, uma entrevista com o Pr. Deoclecio de Souza. Pastor pela ORMIBAN, exerce o ministério há 30 anos, defensor da teologia pentecostal, encontra-se hoje exercendo seu chamado a exposição sistemática três vezes por semana sobre o púlpito da Igreja Batista Renovada da Cachoeirinha.

O Pr. Deoclécio de Souza, com muita humildade aceitou conceder respostas as perguntas formuladas pelo blog Fórum CCO, pois o vê como um meio de ajudar pessoas no esclarecimento de muitas dúvidas sobre vida e prática cristã. Desde já agradecemos a esse exemplo vivo de como servir a Cristo, Pr. Deoclécio de Souza.

Blog - FCCO: O que o Pr. tem a dizer sobre, a postura anglicana de ser a primeira igreja histórica a aceitar líderes eclesiásticos e bispos homossexuais? [Notícia veiculada no jornal "O Globo"]
Pr. Deoclecio de Souza: Falta de conhecimento. Em I Co 5.17 A Palavra de Deus nos diz: quando o homem aceita Jesus, sua vida é mudada. Seja ele quem for, o velho homem sai e da lugar para o novo homem em Cristo. Isso implica em uma mudança total de conduta e caráter.
  
Blog - FCCO: Como o Pr. explica o pluralidade religiosa e o surgimento de várias igrejas emergentes no Brasil?
Pr. Deoclecio de Souza: Isso acontece quando alguém dentro de uma denominação não concorda com determinada doutrina, então cria uma nova denominação do seu próprio jeito, porém cada vez que isso acontece há uma degradação maior do verdadeiro evangelho, pois cada líder que sai para fundar uma nova igreja, o faz debaixo de rebeldia. 

Blog - FCCO: O que o Pr. acha do título "Apóstolo" para os dias de hoje? Você usaria tal título?
Pr. Deoclecio de Souza: apesar do que diz a bíblia acerca deste assunto, nós percebemos que é um titulo usado hoje para diferenciar dos demais lideres da igreja. Não usaria em nenhuma hipótese, pois pastor foi a forma na qual nosso Senhor e Salvador Jesus usou, então para mim não há privilégio maior do que o de ser pastor. 

Blog - FCCO: O Pr. realizaria um casamento cuja noiva estivesse grávida?
Pr. Deoclecio de Souza: Sim! Houve um erro que foi consertado, quando se casaram. Porque não abençoar este casal e orientá-los para a nova vida. 

Blog - FCCO: Crente pode participar de festa junina?
Pr. Deoclecio de Souza: Não. Por se tratar de uma festa que são idolatrados, Pedro, João, Antonio, Padim Ciço etc. Pelo âmbito cultural, não teria problema algum, porém o fato é que se trata de uma festa idolatra e Deus não divide Sua glória com ninguém. 

Blog - FCCO: Como foi sua experiência com o batismo no Espirito Santos?
Pr. Deoclecio de Souza: Não existem palavras para expressar a alegria que senti naquele dia. Posso defini-lo como um dia de grande alegria. 

Blog - FCCO: Um crente pode cair no chão quando recebe poder do Espirito Santo?
Pr. Deoclecio de Souza: Já participei de muito cultos onde foi grande o agir de Deus, e não passei por essa experiência. Muito do que acontece hoje nas igrejas concernente esse assunto não passa de “mininice”. 

Blog - FCCO:  Como o Pr. defini um culto centrado em Deus?
Pr. Deoclecio de Souza: Um culto centrado em Deus é aquele onde o homem fica em segundo plano. 

Blog - FCCO: O Pr. é a favor da ordenação pastoral feminina?
Pr. Deoclecio de Souza: Esse assunto ainda é muito complicado até quando discutido em nossa convenção. Sinceramente ainda não tenho uma definição concreta sobre o assunto. Deus pode usar as mulheres como as usou no passado sem serem ordenadas. Mas caso forem creio que devemos respeitá-las.
  
Blog - FCCO: Se o Pr. não fosse Batista Nacional, a qual denominação pertenceria?
Pr. Deoclecio de Souza: Eu nunca pensei neste assunto! Porém creio que seria “Batista Nacional” 

Blog - FCCO:  O crente pode ouvir musica não cristã? Porque?
Pr. Deoclecio de Souza: Não! Porque se ouvirmos as musicas e examinarmos as letras, veremos que estas musicas nada tem para acrescentar a nossa vida e praticas cristãs. 

Blog - FCCO:  O que é avivamento?
Pr. Deoclecio de Souza: Avivamento é o mover, o agir de Deus no seio da Igreja. Um despertamento! 

Blog - FCCO:  O que representa o batismo com fogo, citado por João?
Pr. Deoclecio de Souza: Creio ser o próprio batismo no Espírito Santo.


Blog - FCCO:  Um pastor pode pertencer a maçonaria?
Pr. Deoclecio de Souza: Não! Pois a Maçonaria é uma sociedade secreta. Jesus disse: ninguém acende uma candeia e a coloca em baixo do alqueire Mt 5.15


Blog - FCCO:  Em que situação um membro em disciplina, pode ser excluído da igreja?
Pr. Deoclecio de Souza: Após ter passado por todo processo descrito por Jesus em Mt. 18.15-18 Não aceitando a correção e rejeitando o concerto. 

Blog - FCCO:  Porque alguns jovens ao ingressar na faculdade deixam a fé cristã?
Pr. Deoclecio de Souza: Porque nunca tiveram fé de verdade. Pois quando um jovem está alicerçado em Cristo, nada o pode abalar.
  
Blog - FCCO: Podemos aceitar como membro em nossa igreja, um pessoa que foi exclusa de outra congregação (denominação evangélica)?
Pr. Deoclecio de Souza: Sim! Desde que esta pessoa tenha se arrependido, e tenha reconciliado com sua antiga igreja. 

Blog - FCCO: Como o cristão pode saber se de fato foi chamado por Deus para o ministério?
Pr. Deoclecio de Souza: Isso é algo que Deus fará o cristão sentir no seu dia a dia. 

Blog - FCCO: O cristão pode ter certeza da salvação?
Pr. Deoclecio de Souza: Sim! Pois a Salvação provem de Deus, e não pelos nossos méritos ou esforços! Se fosse por nós mesmos, então não poderia, porém como provem de Deus nos podemos ter esta certeza

Entrevista com Pr. Elias Lopes


O Blog: Forum CCO, gostaria de agradecer ao Pr. Elias Lopes por conceder respostas às perguntas que irão esclarecer dúvidas de muitos irmãos acerca de assuntos tão discutidos nos últimos dias. A Bíblia e Vida Cristã!

“O Pr. Elias Lopes, é casado com Mônica, pai de dois filhos, Isabela e João Victor, Graduado em Teologia, Professor no Seminário Teológico Batista Nacional e Faculdade Evangélica de São Paulo, autor dos livros “Vida Cristã Abundante Editora ” e “Enquanto Cristo não vem” ambos pela Editora Emunha Publicações. Exerce hoje seu chamado sobre o púlpito da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério do Belém, na cidade de Poá, SP”.

1 – Como o pastor explica a pluralidade de interpretações errôneas que são atribuídas a Bíblia em nossos dias?
 A principio vivemos à sombra do pós-modernismo e seus efeitos, onde um deles, o pluralismo de idéias, torna conveniente o não-confronto do pensamento individual com idéias outrora consideradas absolutas.
Sendo assim, a própria hermenêutica bíblica torna-se um campo de batalha entre cristãos bíblicos e esses leitores que fazem uma interpretação política, pessoal e tendenciosa.
Outros aspectos que não o cultural, deve-se sobre tudo ao presente panorama religioso no mundo cristão. Esse movimento atual  tem como característica a forte ênfase no individuo e em suas necessidades de consumo. Com isso em mente, o interprete neste contexto busca nas Escrituras explicações descontextualizadas e alegorizadas para trazer soluções pragmáticas, do tipo "Tome posse da terra da promessa", "O Golias de sua vida",  "O seus tesouros escondidos na escuridade", rejeitando o contexto, o objetivo, a verdade central, a gramática e sobretudo o propósito de Deus para sua igreja através de uma verdadeira hermenêutica bíblica na pregação.
Esses dois aspectos acredito serem os que mais tem contribuído para o atual momento.
2 – O que o pastor acha sobre o título de “Apostolo” para os dias de hoje? Você usaria tal título?
Estes sistemas de hierarquias eclesiásticas, que fundem nomenclatura com autoridade, que numa fusão de título mais comando centralizador, é um retorno ao sistema hierárquico católico e medieval. Embora cada igreja seja livre na sua eclesiologia e na constituição de seus cargos, no entanto, o papel do líder é liderar servindo pelo amor, assim como fez Jesus e a primeira geração de seguidores do evangelho.
Outro sim, a palavra "Apóstolo", tem sido usada a muito tempo para falar dos missionários plantadores de igrejas em lugares não-alcançados, assim você tem um apóstolo chinês, um outro na antiga Birmânia e outros nos lugares mais remotos do mundo. Agora veja que este título não tem nada de pretensioso, ele apenas assume em si uma das funções apostólicas que era a evangelização onde Cristo ainda não havia sido anunciado. Estes não se consideravam apóstolos como os da primeira geração, ao contrário, sentiam como aqueles o dever de gastarem suas vidas, como de fato ocorreu, por amor do evangelho. Com isso o que vemos então no cristianismo tupiniquim são títulos desprovidos de vida e piedade.
Se eu usaria o título? Não, não usaria, pois o menor dos apóstolos disse "Que os homens nos considerem...ministros (servos) de Cristo" (I Co 4:1), ser reconhecido espontaneamente pela Igreja em Cristo nessa função é o maior privilégio.
3 – Qual sua posição em relação a pastores na política?
 Aqui, a questão em minha opinião, gira em torna da necessidade de representatividade evangélica nos três poderes.
Nós evangélicos, sempre assumimos uma postura de distanciamento com relação ao Estado, no sentido de engajamento político-partidário. No entanto, desde a década de 60, tem sido comum o discurso de que precisamos dessa representatividade política, para bem da igreja enquanto instituição.
Precisamos aqui então separa o trigo do joio.
Que a igreja como instituição precise de representatividade  na política pode ser um fato consumado, assim como também precisa de advogado, médico, psicólogos e outros profissionais que cuidem do bem-estar de seus membros. Sendo assim, por que não possuir um de seus membros nas assembléias municipal, estadual ou federal? A igreja deve sim, incentivar aqueles que dentre ela sentem a vocação, para servir a Cristo nestes lugares, como cristão e político, ou político-cristão.
Agora quanto ao pastor e seu envolvimento na política, creio, que ele deve se consagrar ao ministério palavra e da oração, à igreja e as ovelhas, pois estamos necessitados de mais obreiros para esta parte da seara.
4 – Porque não vemos mais tantos milagres como na igreja primitiva?
Os milagres ocorrem onde há a manifestação livre e soberana do Espírito Santo. Agora, não houve nenhum período da história da igreja em que esta manifestação da ação sobrenatural de Deus na história deixasse  de ocorrer. Em alguns momentos podemos ver pouca ação aqui e ali mas ela sempre ocorre. O que de fato precisamos é de um avivamento que traga  novo frescor espiritual à igreja brasileira que reavive a nossas vidas, nossa pregação e testemunho e em decorrência disso haja sinais e prodígios com legitimas conversões de vidas.
A ação do Espírito Santo não está condicionada aos limites de nossas ações, pois em algum lugar e através de alguém Ele está cooperando com sinais e prodígios na pregação do evangelho. Que possamos Tê-lo conosco através de uma vida e  ministério fiel.
5 – Temos alguma base Bíblica para consagração de objetos? (Ex.: Lenços, rosas, água etc).
Nenhuma. Esta ação segue o principio do sincretismo religioso, que funde elementos das principais correntes religiosas de nosso país, por exemplo, o sal, a pólvora, as ervas, as fitas, os mantras recitados e repetidos, etc...
A cultura brasileira está permeada de elementos mistos da crendice popular seja eles de matiz católica ,afro, kardecista, ameríndia, judaico-marrana, moura, etc... com isso torna-se um elemento fértil para a fusão de uma mensagem evangelística que alcance a mentalidade do povo brasileiro e de muitos que freqüentam as igreja em busca de soluções imediatas.
Outro fator é a descontextualizarão de textos onde tanto Jesus como alguns apóstolos parecem dar legalidade a este tipo de ação. Jesus por exemplo mistura saliva com lodo e unta aos olhos do cego, coloca os dedos nos ouvidos e toca com saliva na língua do mudo e surdo ou ainda expele doenças meramente por um toque como no leproso.  Veja que não há um ritual a ser seguido. O mesmo poderia se dizer da sombra de Pedro, da roupa de Paulo, do cajado de Moisés, do manto de Elias, da farinha de Eliseu, e outros que não me vem a mente agora.
Mas em todos estes casos não está implícito nem explicito seguir estas práticas que eram ações isoladas dos ministérios acima citados.
Ainda outra questão, estes objetos não foram ungidos para ser usados por outrem, na verdade eles foram usados dentro da realidade do momento e não mais. Não tinha sal para proteção, nem lenço para cura, nem outro qualquer objetos fora consagrado como se faz em outras manifestações religiosas contrárias as Escrituras.
O que faz a diferença no milagre é ação de Deus sobre nossas vidas e não os objetos abençoados ou amaldiçoados por quem quer que seja.
6 – Uma pessoa pode cair no chão ou se debater ao receber o batismo com Espírito Santo?
Os fenômenos espirituais que acompanham o avivamento são tão variados como a ação do vento sobre a terra. Nunca podemos dizer onde, como e com que freqüência vai continuar a vai acontecer sem os instrumentos legítimos para isto.
Desde os profetas do Antigo Testamento, passando pela era apostólica e culminado com os grandes avivamentos e o último deles em minha opinião, o que ocorreu em 1906 a partir da Rua Azuza, em Los Angeles, EUA, você percebe aqui uma variação de manifestações em cada um deles.
Alguma  perda dos sentidos ou desmaio, a exemplo da esposa de Jonathan Edwards, as pessoas prostradas nas reuniões de John Wesley e Whitefield, ainda aqueles que caiam antes de chegarem ao lugar de reunião na rua Azuza, etc... só para citar exemplos diversificados de quando o Espírito Santo é derramado num despertamento.
Agora um fato é comum em tudo isto, a manifestação do Espírito Santo nestes períodos tornava a igreja mais concisa da presença de Deus e da necessidade de evangelização do mundo.
Não há manifestação do Espírito Santo sem que haja uma ação Dele na vida do individuo e da igreja,
Fora disso qualquer manifestação física deve ser vista como discernimento para que se tome cuidado como outros tipos de manifestações, foi o que Jonathan Edwards fez em seu tempo.
7 – O que de fato é o batismo no Espírito Santo?
Primeiro deixe-me dizer o que não é.
Não é uma segunda bênção, se comparada à salvação.  A salvação é incomparável no seu alcance e propósito.
Não está relacionado a nenhum tipo de grau de santidade pessoal por parte daqueles que serão batizados no Espírito Santo.
E também não significa o ato da conversão, como alguns de nossos irmãos afirmam.
O que é então? Em nossa definição tradicional o batismo no Espírito Santo seria a ação de Jesus Cristo em conceder aos cristãos um poder espiritual para o desempenho do ministério de testemunho. Este revestimento de poder ocorre numa manifestação espontânea do Espírito sobre a pessoa que busca esta experiência em oração perseverante, e que é testificada fisicamente com o falar em línguas ou na manifestação de outro dom, que não necessariamente as línguas estranhas.
Além desta definição tradicional, penso que a confirmação desta experiência, é a mudança que ocorre na dedicação pessoal do individuo que fora batizado no Espírito Santo, deve haver aqui uma maior dedicação pessoal, espontânea e dedicada a causa evangelística.
A história está ai para comprovar o que estou dizendo. Hoje no mundo a experiência com o batismo no Espírito Santo ultrapassa o número dos 500 milhões de cristãos que afirmam serem batizados no Espírito Santo e de suas igrejas que crescem e devem crescer saudavelmente.
8 – O pastor é a favor da ordenação pastoral feminina?
 Acredito no papel importantíssimo das mulheres na igreja, desde Maria, a mãe de nosso Senhor Jesus,  as desconhecidas mães da Igreja, aquelas anônimas que fizeram a história da igreja desde os primeiros séculos e chegando aos nosso dias. É inegável a contribuição do papel das santas mulheres como Mônica, mãe de Agostinho ou das fiéis mártires como Perpétua, Felicidade e Blandina pela causa cristã e tantas outras conhecidas ou não.
No entanto, no meu entendimento de acordo com o Novo Testamento e história da igreja, a ordenação pastoral feminina não encontra respaldo em lugar algum.
Este ministério é/foi concedido ao homem, como na economia da criação e da família. O homem, nestes casos, sempre é visto como o responsável direto na administração e a mulher como sua adjuntora direta.
Outro sim, cabe destacar que este debate é recente, pois não se pensava nessa possibilidade anteriormente dentro dos movimentos cristãos antes do século XX. As mulheres sempre foram vistas como importantes e distintas dos homens em suas funções, mas nunca em posição de plena liderança sobre eles ou sobre as comunidades eclesiásticas.
Sendo assim, penso que dentro da eclesiologia de cada denominação a mulher deva ter seu lugar de participação nos ministérios da igreja. Isto eu acho importante e deve ser incentivado, cada mulher descobrindo seus dons e talentos indispensáveis para o crescimento da igreja.
9 – Porque o crente não pode fazer sexo antes do casamento?
O ato sexual deve ser visto como uma celebração emocional, física e espiritual entre duas pessoas que vivem sem culpa e que estão debaixo da bênção de Deus.
Fugir disto é viver fora da vontade de Deus e trazer prejuízos espirituais, emocionais e sociais.
10 – Existe pecado imperdoável para Deus?
Sim. O único pecado imperdoável de que nos fala as Escrituras (Lc 11:14 ss), seria a blasfêmia contra o Espírito Santo, que ocorre num estado de endurecimento moral e consciente por parte do individuo diante da evidência de uma ação de Deus, atribuindo isso a Satanás, como no contexto da passagem citada.
Fora disso, aonde abundou o pecado superabundou a graça, Basta confessar arrependido e ser aceito pela fé no amor de Deus.
Que Deus continue abençoando a vida do pr. Elias e de toda sua família.

Veja mais artigos do Pr. Elias Lopes no Blog:

Soli Deo Gloria.

Comentários Bíblicos de João Calvino

Olá Irmãos, 

Segue abaixo um link da Editora Fiel, no qual ela disponibiliza gratuitamente acesso aos comentários Bíblicos de João Calvino.

Ótima dica para os estudantes de teologia!!!

Acesse: http://fiel.in/bibliotecajoaocalvino


Existem Apóstolos em nossos dias?

Daniel Rodrigues - Igreja Batista Nova Canaã

Pergunta:
Existe apóstolos em nossos dias? Qual a base bíblica para aceitação ou reprovação desta nomenclatura?


Resposta:

Olá Daniel, Graça e Paz.
Espero que não fique chateado por ser eu quem irá responder sua pergunta e não o professor Leonardo.
Vamos lá! Antes de entrar nos méritos bíblicos sobre o assunto, gostaria de retratar o que tal nomenclatura representa para os tais que a aderem.
Esse tipo de nomenclatura é usado para caracterizar o grau de poder hierárquico, em determinada comunidade. Geralmente são líderes de igrejas emancipadas ou independentes sem nenhuma ligação com uma convenção ou uma comunhão teológica, na maioria dos casos são de igreja neopentecostais onde o líder é o manda chuva e ninguém pode contrariá-lo.
Antes da banalização do nome como vemos hoje, esse título era designado, a missionários plantadores de igrejas em lugares não alcançados pelo evangelho, de forma que ouvíamos falar de um apostolo na Índia, outro na China, ou em qualquer outro lugar remoto no mundo. Os de hoje são empresários da fé, que gerenciam igrejas de seus escritórios, criando e ditando suas próprias regras.
Fato é que os Verdadeiros Apóstolos, tiveram um papel fundamental na igreja cristã primitiva sobre o comando ou designo do Senhor Jesus, além de características que certamente, os apóstolos de hoje não tem como: (1) O chamado e a aprovação do próprio Jesus. Quem hoje seria suficiente para conceder tais credencias? Por quem esses apóstolos foram comissionados? (2) Os verdadeiros apóstolos viram o Senhor Jesus ressurreto (Atos 1.22, 1 Co 9.1), e imagino que nenhum destes atuais apóstolos tiveram tal experiência, pois o apostolo Paulo nos relata a quem foi Sua ultima aparição em um corpo ressurreto (1 Co 15.8), (3) Os verdadeiros apóstolos faziam grandes sinais e prodígios, e isso lhes eram imposto como uma credencial apostólica (2 Co 12.12), hoje o que vemos é uma brincadeira sobre os púlpitos, onde a cura está sujeita a fé, e caso ela não aconteça a culpa nunca é do apostolo que a determinou e sim, do pobre cristão que não teve fé para ser curado. Nunca li nada deste gênero na vida dos apóstolos da bíblia, seus índices de sucesso eram de exatos 100%
Em ultima análise, posso dizer que hoje a nomenclatura de “apostolo” serve como engrandecimento do ego, e da satisfação pessoal de líderes que precisam se sentir poderosos. Os verdadeiros apóstolos quando tiveram a oportunidade de expor seus cargos, expressaram-no em seu mais amplo sentido “Somos apenas Servos” "Que os homens nos considerem...ministros (servos) de Cristo" (I Co 4:1), ou quando Tiago inicia sua carta dizendo: “Tiago servo do Senhor”
A verdade é que o maior de todos os homens disse: “Eu Sou o Bom Pastor”. O próprio Senhor Jesus se intitulou de pastor, e imagino que não existe privilégio maior para um líder do que este, o de ser chamado pela mesma nomenclatura que estava sobre Jesus. “Pastor”
Espero ter ajudado com a resposta, certo de que os comentários dos alunos nos farão chegar a um melhor entendimento sobre o assunto.
Que Deus continue abençoando a todos.
Soli Deo Gloria

Luiz Brito